Nesta quarta-feira, 1º de maio de 2025, o Brasil e o mundo relembram os 31 anos da morte de Ayrton Senna, o maior ídolo da história do automobilismo brasileiro. Aos 34 anos, o tricampeão mundial faleceu tragicamente durante o Grande Prêmio de San Marino, em Ímola, na Itália, após uma colisão fatal contra um muro de concreto na curva Tamburello. O acidente foi transmitido ao vivo e paralisou o país - um luto nacional espontâneo, sentido por todas as classes, idades e lugares.
Na véspera, outro acidente fatal já havia chocado o mundo: o piloto austríaco Roland Ratzenberger também perdeu a vida na pista. O fatídico fim de semana de Ímola, em 1994, tornou-se um marco para a segurança da Fórmula 1, culminando em reformas profundas nas normas e estrutura das competições. Foi o ponto final de uma era e o início de uma nova consciência no esporte.
Senna não era apenas um piloto. Era um símbolo de superação, coragem, fé e excelência. O Brasil parava aos domingos para vê-lo correr. Sua habilidade sob chuva, sua precisão em cada curva, sua paixão pelo hino nacional no pódio e seu olhar determinado ainda hoje inspiram gerações. O piloto, nascido em 21 de março de 1960, teria completado 65 anos em março deste ano.
No início de carreira, em 1983, na Inglaterra. Silvio Motta, Reginaldo Leme (repórter da Rede Globo), Ayrton Senna e Galvão Bueno.
Pelotas e o “Treze Horas”: uma ponte com a família Senna: O Treze Horas, programa de rádio que há quase 47 anos mantém uma tradição de discutir os principais acontecimentos do Brasil e do mundo, foi uma das vozes mais ativas na homenagem a Ayrton Senna. Em Pelotas, o programa, comandado pelo jornalista Clayton Rocha, acompanhou de perto as repercussões da tragédia desde 1994. O Treze Horas promoveu eventos e recebeu deferências da própria família Senna, sendo reconhecido por Dona Neide Senna da Silva, mãe do piloto, e pelos irmãos Viviane e Leonardo Senna, pelo papel sensível e respeitoso da cobertura feita pelo programa.
Clayton Rocha, inclusive, foi designado para participar de atos solenes em memória de Senna, tanto no Brasil quanto no Japão. Em setembro de 1994, quatro meses após a morte do piloto, Pelotas foi palco de uma série de homenagens, com a presença de nomes importantes, como o preparador físico e amigo pessoal de Senna, Nuno Cobra, e o reitor da USP e presidente do Instituto Ayrton Senna, Dr. Flávio Fava de Moraes.
As ações marcantes em Pelotas: Entre as ações marcantes realizadas em Pelotas, destacam-se:
· Uma missa solene na Catedral de Pelotas, com 33 crianças de branco subindo ao altar em uma cerimônia comovente.
· A Volta Ciclística Cidade de Pelotas, em memória ao ídolo, que reuniu centenas de ciclistas e admiradores do piloto.
· Palestras superlotadas de Nuno Cobra e do Dr. Flávio Fava de Moraes, que lotaram o Colégio Gonzaga e a Faculdade de Direito de Pelotas.
Os eventos foram organizados por Homero Klauck, Rodrigo Ribeiro Karam e João Luis Casarin, membros da comissão local, que ajudaram a tornar esse momento inesquecível para a cidade e para os fãs de Senna.
A mensagem que permanece
Ao longo desses 31 anos, o nome Ayrton Senna da Silva deixou de ser apenas o de um piloto vitorioso. Tornou-se símbolo. Lenda. Inspiração universal. Como afirmou Clayton Rocha em um de seus tributos:
“Ele sabia que a vitória era o risco de derrota que podia ser vencido pela criatividade e pelo talento. Enfrentar o risco de morte era, portanto, a aceitação da própria vida.”
Senna perseguiu o impossível com a urgência de quem tem pressa em fazer história. E conseguiu. Virou estrela cadente. Riscou o céu com velocidade e luz - e ainda brilha, décadas depois. O homem morreu, mas o nome de Ayrton Senna continuará a ser história, inspiração e exemplo para todos que buscam mais do que a vitória, mas sim a superação e a paixão pela vida.