Nos últimos meses, os Estados Unidos têm enfrentado uma grave crise no setor avícola devido ao surto de gripe aviária. O vírus H5N1 dizimou milhões de galinhas, resultando em uma drástica redução na produção de ovos2. Como consequência, os preços dos ovos dispararam, chegando a quase R$ 60,00 por dúzia.
A crise começou em 2022 e se intensificou ao longo de 2024. Em janeiro deste ano, o preço médio de uma dúzia de ovos brancos grandes subiu para US$ 7,34 (cerca de R$ 41,19), um aumento de 10% em relação à semana anterior3. Em algumas lojas, o preço chegou a US$ 9,79 (cerca de R$ 57,00) por dúzia. A situação se tornou tão grave que supermercados como Trader Joe’s e Costco Wholesale tiveram que limitar as compras de ovos por cliente2.
A crise dos ovos nos EUA está começando a afetar o mercado brasileiro. Com a alta nos preços e a escassez do produto, países que antes importavam ovos dos EUA estão procurando alternativas, e o Brasil se tornou um dos principais fornecedores1. Em janeiro de 2025, as exportações brasileiras de ovos aumentaram 22,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
Espera-se que o aumento da demanda internacional e a alta nos preços dos ovos nos EUA resultem em um aumento significativo no preço do ovo no Brasil. Além disso, fatores como o calor excessivo e as enchentes que atingiram aviários brasileiros também estão contribuindo para a alta dos preços1.
A crise dos ovos nos EUA é um exemplo de como um problema em uma parte do mundo pode ter repercussões globais. Enquanto os consumidores americanos enfrentam dificuldades para encontrar ovos em supermercados, os brasileiros podem esperar um aumento nos preços do produto. A situação destaca a importância de uma cadeia de suprimentos resiliente e a necessidade de soluções rápidas para enfrentar surtos de doenças que afetam a produção de alimentos.