O Esporte Clube Vitória se prepara para dar um passo histórico rumo à modernização de sua infraestrutura. Em entrevista divulgada no sábado (7), o presidente Fábio Mota detalhou os planos de construção da nova Arena Barradão, um projeto ambicioso que promete transformar o estádio Manoel Barradas em uma arena multiuso de padrão internacional.
Segundo Mota, as obras estão previstas para começar entre janeiro e fevereiro de 2026, com prazo de conclusão estimado entre 18 e 24 meses. O projeto prevê a ampliação da capacidade do estádio, dos atuais 30 mil para 50 mil lugares, além de uma reformulação completa do espaço.
“Estamos inaugurando uma nova era. Essa será, sim, a mudança de chave do Vitória. Não tenho dúvida nenhuma. Coloca a gente numa prateleira lá em cima”, declarou o dirigente.
A proposta contempla mudanças estruturais profundas, como a construção de um segundo anel sobre a arquibancada existente, áreas de lounge, novo acesso superior para o público e a retirada de eucaliptos que cercam o estádio.
Mota também destacou que o modelo anterior previa apenas 35 mil lugares, mas, após seis meses de reuniões com investidores em São Paulo, o projeto foi remodelado para alcançar maior viabilidade e retorno econômico. Em agosto, o plano será apresentado em um workshop ao Conselho Deliberativo, e, se aprovado, seguirá para execução.
“Fomos buscar o investidor, ajustamos os processos. Esse projeto não é apenas de embelezamento. É uma proposta de viabilidade econômica, com retorno para quem investe e para o Vitória”, pontuou.
Modelo de concessão e proteção ao patrimônio: A nova arena será operada por um grupo investidor privado em regime de concessão do direito de uso, com contrato de 20 a 35 anos. O investimento será integralmente bancado por esse consórcio, com valores estimados entre R$ 300 milhões e R$ 450 milhões.
Fábio Mota enfatizou que não há venda de patrimônio, apenas cessão temporária do uso da estrutura: “O Barradão não está à venda. Estamos cedendo o direito de uso por um período. A operação será deles, mas o patrimônio continua sendo do Vitória. No fim do contrato, a estrutura volta ao clube, que decidirá se renova ou contrata outro operador”, explicou.
Durante as obras, o Vitória pretende continuar mandando seus jogos no próprio Barradão. Para isso, os trabalhos serão realizados em etapas, permitindo a utilização do estádio sem afastar a torcida rubro-negra.
“Vamos fazer um esforço para não perder o nosso 12º jogador. As obras serão fatiadas para mantermos o Barradão como nossa casa”, garantiu Mota.
A Arena Barradão representa mais que uma modernização: é um pilar da estratégia de recuperação e crescimento financeiro do Vitória. A nova arena, com exploração de camarotes, estacionamento e espaços comerciais, visa garantir autonomia e sustentabilidade econômica para o clube a longo prazo.
“Esse é um projeto para alavancar as finanças do clube. Vamos melhorar nossa estrutura, atrair novos negócios e transformar o Barradão em uma fonte de receita sólida”, reforçou o presidente.
Com o planejamento da nova Arena em curso, o Vitória segue concentrado em seus compromissos em campo. O time volta a jogar nesta quinta-feira (12), às 19h, contra o Cruzeiro, no estádio Manoel Barradas, pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro.