O Esporte Clube Bahia alcançou um marco histórico em sua trajetória: o fim de sua dívida acumulada, que ultrapassava R$ 300 milhões. A informação foi confirmada por Raul Aguirre, CEO do clube, durante entrevista à TV Bahêa na última segunda-feira (9). Sob gestão do Grupo City desde 2023, o Tricolor baiano vive um novo momento de estabilidade financeira e crescimento acelerado de receitas.
“O Bahia, para todos os efeitos práticos, já quitou toda a dívida que existia. O que ainda não foi finalizado se refere a questões burocráticas ou negociações pontuais. O grosso da dívida, mais de R$ 300 milhões, foi pago”, afirmou Aguirre.
A quitação total em apenas dois anos representa um feito expressivo no cenário do futebol brasileiro, conhecido por gestões marcadas por déficits. Com a nova estrutura societária e apoio do Grupo City, o Bahia entrou em uma era de profissionalização e reestruturação administrativa.
Segundo Raul Aguirre, a quitação dos débitos não representa passivos futuros ao clube: os investimentos do Grupo City são baseados em metas esportivas e geração de receita. “Esses aportes não geram dívida. Eles geram obrigação de performance. É um ciclo virtuoso: resultados em campo, aumento de receitas e valorização do clube”, explicou.
A evolução nas finanças é perceptível. Apenas no primeiro ano da SAF, o Bahia teve um crescimento de 24% na receita. Para 2025, o clube projeta uma expansão de 50%, com receitas operacionais na casa dos R$ 360 milhões. Somando negociações de jogadores, a previsão é superar R$ 400 milhões em arrecadação total, estabelecendo um novo recorde.
“Estamos crescendo num ritmo composto de 35% ao ano. Esse desempenho nos permite sonhar com objetivos ainda maiores, dentro e fora de campo”, destacou o CEO.
Atualmente, o Bahia já figura como o 9º clube do Brasil em arrecadação com transferências de atletas, um avanço importante em relação ao histórico recente do clube, antes marcado por dificuldades financeiras.
Parte do sucesso também é atribuída à reestruturação dos planos de sócios, que passaram por mudanças significativas a partir de setembro de 2024. O objetivo, segundo Aguirre, foi alinhar os benefícios aos torcedores com o novo momento econômico da instituição.
Vitor Ferraz, diretor de operações e relações institucionais do clube, já havia adiantado em agosto de 2024 que os ajustes eram necessários para manter o Bahia competitivo no cenário atual. “O futebol brasileiro vive uma era de investimentos crescentes. Para acompanhar esse ritmo, precisamos fortalecer nossas receitas em todas as frentes”, disse.
Aguirre também afirmou que o Bahia está “cerca de um ano à frente” do cronograma previsto no projeto SAF. A antecipação dos resultados financeiros e estruturais reforça a confiança na gestão atual e alimenta as expectativas da torcida quanto ao desempenho esportivo.
“Estamos com o projeto adiantado. Isso, naturalmente, chama atenção no mercado”, concluiu o CEO.
Com as finanças equilibradas e uma administração moderna, o Bahia se consolida como um dos clubes mais promissores do futebol nacional, e um exemplo prático de como um modelo de gestão eficiente pode transformar realidades dentro do esporte.