Um mistério que intrigava fiéis e céticos desde 2016 finalmente foi desvendado. A estátua da Virgem Maria, localizada em Trevignano Romano, Itália, que supostamente chorava lágrimas de sangue, teve seu enigma resolvido através de um teste de DNA.
A análise, conduzida pela Universidade de Roma Tor Vergata, revelou que o sangue encontrado na estátua pertence à própria Gisella Cardia, a dona da imagem e autoproclamada vidente. Desde 2016, Cardia relatava aparições de Maria e Jesus, atraindo peregrinos para celebrações públicas de oração ao redor da estátua.
O culto em Trevignano tornou-se extravagante demais para a Igreja Católica, que, após uma investigação, proibiu qualquer evento religioso no local das supostas aparições. O Vaticano seguiu o exemplo e determinou que o sangue da Virgem de Trevignano não era um milagre.
A investigação está sob a responsabilidade do geneticista forense Emiliano Giardina, e os resultados oficiais serão entregues aos investigadores em 28 de fevereiro. Enquanto isso, Gisella Cardia enfrenta acusações de fraude e enriquecimento ilícito, com peregrinos exigindo a devolução das doações feitas ao longo dos anos.
A advogada de Cardia, Solange Marchignoli, argumenta que o DNA encontrado pode ser um perfil misto, já que sua cliente "tocou a estátua, beijou-a e manipulou". No entanto, a revelação do teste de DNA coloca em dúvida a veracidade das alegações de Cardia e levanta questões sobre a autenticidade dos supostos milagres.