O laudo preliminar da autópsia de Juliana Martins, brasileira de 26 anos que morreu após cair durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, apontou trauma contuso como causa da morte. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27), no Hospital Bali Mandara, em Denpasar, onde o corpo foi examinado por médicos legistas.
De acordo com o legista Ida Bagus Alit, Juliana sofreu fraturas múltiplas, lesões em órgãos internos e hemorragia severa, provocadas pelo impacto com objeto contundente, o que inclui superfícies duras como pedras e rochas da trilha. As lesões mais graves estavam localizadas na região torácica posterior, afetando diretamente o sistema respiratório.
Ainda segundo o laudo, os ferimentos ocorreram de forma simultânea, e indicam que a morte foi rápida, em um intervalo estimado de até 20 minutos após o trauma. O corpo também apresentava rigidez e coloração compatíveis com uma morte ocorrida entre 12 e 24 horas antes da autópsia, o que situaria o óbito entre 1h e 13h (horário local) da quarta-feira (25).
No entanto, essa estimativa entra em divergência com a informação oficial da Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarnas), que havia anunciado a morte de Juliana na noite da terça-feira (24), horas após o início das buscas.
O corpo de Juliana foi resgatado em uma região de difícil acesso da montanha, conhecida por trilhas íngremes e escorregadias. Ela realizava o percurso turístico acompanhada de um grupo, quando se distanciou e acabou se acidentando. A equipe de resgate confirmou que ela estava sozinha no momento da queda.
As autoridades locais não apontam, até o momento, indícios de crime, e tratam o caso como morte acidental por queda. Porém, familiares da vítima, no Brasil, têm cobrado esclarecimentos mais detalhados, diante de informações desencontradas sobre o momento da morte e o estado em que o corpo foi encontrado.
Nas redes sociais, amigos e parentes têm prestado homenagens a Juliana, que era apaixonada por viagens e compartilhava frequentemente registros de suas aventuras. A comoção tomou conta da comunidade brasileira que acompanha o caso, e muitas pessoas pedem apoio das autoridades consulares para garantir a repatriação do corpo com dignidade e celeridade.
O laudo final da necropsia, que poderá confirmar com mais precisão a dinâmica da queda e o tempo de morte, deve ser concluído nos próximos dias. O caso segue sob apuração pelas autoridades da Indonésia, com acompanhamento do consulado brasileiro.
Fonte: R7