A cantora Ludmilla celebrou, nesta semana, uma importante vitória na Justiça, com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em seu favor no processo contra o apresentador Marcão do Povo, que a havia ofendido com uma declaração racista em 2017. A 5ª Turma do STJ aceitou, por unanimidade, um recurso da artista e restabeleceu a condenação de Marcão do Povo, que havia se referido a Ludmilla como "pobre macaca" durante uma transmissão ao vivo na TV aberta.
Em 2023, Ludmilla já havia conseguido a condenação de Marcão, que foi sentenciado a um ano e quatro meses de prisão pelo crime de injúria racial. Contudo, em 2024, a ministra Daniela Teixeira havia reavaliado o caso e reduzido a pena, mas a decisão foi revista pelo STJ, que confirmou a validade da condenação.
Em suas redes sociais, Ludmilla não escondeu a alegria com o desfecho positivo, afirmando: “Em 2017, fui chamada de ‘pobre macaca’ por um apresentador ‘ao vivo’ na TV aberta. Hoje, finalmente foi reconhecido o racismo que tentei denunciar lá atrás. Essa vitória não apaga a dor, mas reforça que o racismo é crime e tem consequência. Agradeço ao sistema judiciário brasileiro por apoiar essa luta. Justiça foi feita!”.
A sentença imposta a Marcão do Povo também inclui o pagamento de uma indenização no valor de R$ 30 mil. Apesar da decisão do STJ, o apresentador do SBT ainda tem a possibilidade de recorrer.
A condenação é um marco importante na luta contra o racismo no Brasil, especialmente pelo fato de um crime de injúria racial ter sido reconhecido em instâncias superiores, mostrando que atitudes discriminatórias terão consequências legais. Para Ludmilla, o processo representa mais do que uma vitória pessoal, sendo um passo significativo para a conscientização e combate ao racismo.