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MP pede prisão preventiva de deputado Lucas Bove por violência contra ex-mulher e descumprimento de medidas protetivas

Publicada em 24/10/2025 às 16:26h -


MP pede prisão preventiva de deputado Lucas Bove por violência contra ex-mulher e descumprimento de medidas protetivas



O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) apresentou uma denúncia à Justiça contra o deputado estadual Lucas Diez Bove (PL), acusado de praticar uma série de violências contra a ex-esposa, a influenciadora digital Cíntia Chagas, que tem mais de 7,6 milhões de seguidores nas redes sociais. No documento, protocolado na quinta-feira (23), o MP pediu a prisão preventiva do parlamentar, argumentando que ele reiteradamente descumpriu medidas protetivas impostas pela Justiça e representa risco concreto à integridade física e emocional da vítima.

Segundo a Promotoria, Bove ignorou por cerca de um ano decisões judiciais que o proibiam de se aproximar e manter contato com Cíntia, mesmo após ter sido intimado e advertido formalmente por seus advogados. O texto da denúncia afirma que o deputado demonstrou “claro desprezo pelas determinações judiciais” e que as medidas de restrição já não são suficientes para garantir a segurança da ex-companheira. O MP também solicitou que a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) adote medidas administrativas e disciplinares diante da conduta do parlamentar.

Cíntia Chagas denunciou o ex-companheiro em 2023, relatando uma sequência de episódios de violência psicológica, física e ameaças durante o relacionamento de mais de dois anos. A denúncia descreve comportamentos considerados intimidatórios e agressivos. Em um dos trechos, o MP afirma que Bove costumava “manusear uma arma de fogo e apontá-la em direção à vítima como se fosse uma brincadeira”, enquanto fazia uso de maconha.

Há ainda o relato de que o deputado teria atirado uma faca contra a ex-esposa, atingindo sua perna, além de praticar beliscões e apertões nos seios da vítima em público, o que, segundo o MP, configuraria constrangimento e violência de gênero. Cíntia também afirmou ter sido ameaçada de morte em diversas ocasiões, com Bove dizendo que “pediria ao segurança para esconder o corpo” caso desconfiasse de traição.

Mesmo após a concessão de medidas protetivas, o parlamentar teria continuado a se manifestar sobre o caso em suas redes sociais. O Ministério Público reuniu publicações em que Bove teria feito insinuações e ataques diretos à vítima, chegando a citá-la nominalmente - atitude que violava ordem judicial. Segundo a Promotoria, as postagens causaram revitimização e dano à imagem pública da influenciadora, reforçando a necessidade de prisão preventiva.

A defesa de Cíntia Chagas informou que todos os episódios de descumprimento foram devidamente relatados ao Judiciário, com provas documentais e testemunhais. “As medidas alternativas se mostraram ineficazes. A vítima segue sendo alvo de intimidação e exposição pública”, afirmou o MP na peça processual.

O caso ganhou ainda mais repercussão por envolver um parlamentar em exercício. Em agosto deste ano, o Conselho de Ética da Alesp arquivou uma denúncia por quebra de decoro parlamentar relacionada ao mesmo episódio, sob alegação de falta de elementos conclusivos. A decisão gerou críticas de movimentos feministas e juristas, que consideraram o arquivamento precoce.

Para o Ministério Público, contudo, a nova denúncia e o pedido de prisão preventiva baseiam-se em fatos recentes e comprovados. “Há risco de reiteração e de obstrução da Justiça”, apontou a Promotoria, destacando ainda que existe uma segunda denúncia em andamento contra o deputado, referente a histórico de comportamentos violentos.

O caso agora está nas mãos da Justiça paulista, que deve decidir se acata o pedido de prisão. A Alesp, por sua vez, poderá ser chamada a se posicionar sobre eventual afastamento do mandato de Lucas Bove, caso a medida cautelar seja decretada.

Redação: Rádio Vida, com informações do g1 SP 




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