O ex-prefeito de Mutuípe, Rodrigo Maicon Santana de Andrade, conhecido como Digão, manifestou-se nesta quinta-feira (29) sobre a decisão do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM-BA), que o condenou a devolver R$ 2,3 milhões aos cofres públicos e a pagar multa de R$ 3 mil devido a irregularidades em um contrato firmado com a Associação de Proteção à Maternidade e Infância de Ubaíra (APMIU) durante seus 8 anos de gestão.
Em nota divulgada por meio das redes sociais, Digão classificou a decisão do TCM-BA como motivada por questões políticas, ressaltando que a denúncia já havia sido arquivada pela Justiça Federal. O ex-prefeito negou qualquer ato ilícito e afirmou que está recorrendo da condenação.
“Nunca houve irregularidade, desvio ou má-fé. A investigação foi arquivada porque a verdade, cedo ou tarde, aparece”, afirmou o ex-prefeito.
Digão ainda expressou sua surpresa e desapontamento com o relator do processo no Tribunal, conselheiro Nelson Pellegrino, sugerindo que a decisão teria sido influenciada por interesses políticos ou ideológicos, e não por provas concretas.
“Não quero acreditar que o conselheiro tenha sido movido por interesses políticos ou ideológicos, com o objetivo de me condenar. Não por provas, mas por perseguição”, escreveu.
O ex-prefeito garantiu confiança na Justiça e reforçou sua disposição para recorrer da decisão e provar sua inocência. “Já recorri, estou confiante e irei até o fim para provar, mais uma vez, minha inocência. Não serei vítima do jogo sujo da velha política. A luta continua. Pela justiça. Pela honra. Pela verdade”, concluiu.
Confira a Nota na íntegra do ex-prefeito Digão
“Durante minha trajetória como prefeito, enfrentei desafios imensos, mas sempre trabalhei com seriedade, respeito ao dinheiro público e compromisso com a minha terra e com o meu povo. Em 2018, fui alvo de uma denúncia que foi amplamente investigada pela Polícia Federal. E sabe o que encontraram? Nada. Absolutamente nada. Porque nunca houve irregularidade, nunca houve desvio, nunca houve má-fé.
A investigação foi arquivada. Porque a verdade, cedo ou tarde, aparece.
Essa mesma denúncia já arquivada na Justiça Federal também foi protocolada junto ao Tribunal de Contas dos Municípios e agora julgada pelo conselheiro Nelson Pellegrino.
Mesmo assim, não quero acreditar que o Conselheiro tenha sido movido por interesses políticos ou ideológicos, com o objetivo de me condenar. Não por provas, mas por perseguição. Confio no Tribunal de Contas dos Municípios, que já aprovou todas as minhas contas, e sei que tudo será esclarecido, com base na justiça e não na disputa pelo poder.
Quero dizer ao povo que me conhece, que acompanhou minha gestão e sabe da minha luta diária, que não me calarei diante da injustiça. Já recorri, estou confiante e irei até o fim para provar, mais uma vez, minha inocência. Porque quem anda com a verdade não teme o caminho.
Não vou permitir que joguem lama na história de um homem que dedicou anos da sua vida a servir. Não serei mais uma vítima do jogo sujo da velha política.
A luta continua. Pela justiça. Pela honra. Pela verdade.
E com Deus e o povo do meu lado, eu não tenho medo de ninguém.”
A decisão do Tribunal de Contas dos Municípios marca um capítulo importante na trajetória política de Digão, que agora busca reverter a condenação em instâncias superiores. O caso seguirá repercutindo no cenário político de Mutuípe, especialmente entre os eleitores e lideranças locais.