A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (14), mais uma fase da Operação Sem Desconto, que investiga um esquema de fraudes envolvendo descontos associativos indevidos aplicados a aposentadorias e pensões do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A ação cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade de Presidente Prudente, interior de São Paulo.
Os mandados foram autorizados pela 10ª Vara Federal da Seção Judiciária do Distrito Federal e têm como alvo um operador financeiro suspeito de ligação direta com uma das entidades investigadas. Segundo a PF, ele teria adquirido veículos de luxo com recursos oriundos do esquema fraudulento.
A Controladoria-Geral da União (CGU), que atua em conjunto com a PF nas investigações, apontou que houve um aumento “vertiginoso” no volume de descontos entre os anos de 2019 e 2020, acompanhado de uma elevação significativa na arrecadação das associações envolvidas. A suspeita é de que milhares de beneficiários foram lesados por cobranças indevidas, sem autorização prévia ou conhecimento dos aposentados e pensionistas.
A CGU também revelou que o INSS teria ignorado alertas importantes sobre as irregularidades. Entre maio e julho de 2024, seis ofícios foram enviados por órgãos de controle ao Instituto solicitando providências, mas, segundo os investigadores, não houve resposta efetiva.
A Operação Sem Desconto segue em andamento, e novas fases não estão descartadas. A Polícia Federal informou que as apurações visam responsabilizar os envolvidos e recuperar valores desviados, além de evitar que o esquema continue prejudicando segurados da Previdência Social.
Fonte: Bahia Noticias