A polêmica teve início quando o presidente da Câmara de Vereadores de Mutuípe, Júnior Cardoso, criticou em emissora local a maneira como o Detran e a Polícia Militar conduziram uma operação de fiscalização. Segundo ele, a blitz foi realizada de forma “grosseira” e “arbitrária”, com abordagem excessiva a motociclistas e suspeita de envolvimento em “máfia do guincho”.
Júnior Cardoso afirmou que não cabe supor que a maioria das motos do município seja fruto de roubo e acusou parte da polícia de falhas graves, como beber ao volante e envolvimento em crimes noticiados pela imprensa.
Ele também apontou indícios de retaliação contra a comunidade do bairro Santo Antônio e anunciou que a Câmara irá se manifestar oficialmente, reforçando seu apoio aos moradores locais.
O Capitão Alex Gondim afirmou que a generalização de Cardoso foi “infeliz” e lembrou que a blitz é organizada pelo Detran, órgão constitucional do governo federal, com apoio pontual da PM.
Gondim ressaltou o caráter sério da Polícia Militar da Bahia, repudiou a acusação de “máfia da polícia com guincho” e exigiu retratação pública do vereador.
Objetivo: combate à embriaguez ao volante, adulteração de veículos e “mortes clonadas”.
Municípios atendidos: Laje, Mutuípe, São Miguel, Jiquiriçá e Ubaíra.
Órgãos envolvidos: Detran-BA, Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e apoio eventual da PM.
Itens fiscalizados: documentação, condições técnicas, uso de álcool e identificação veicular.
A Associação da Polícia Militar está sendo acionada para apurar a fala de Júnior Cardoso e possivelmente emitir nota oficial.
A Câmara de Mutuípe deve deliberar em plenário uma resposta formal ao episódio nas próximas semanas.
O vereador ainda não sinalizou um pedido de desculpas à corporação, mas pode optar por retratação ou reforço de suas críticas.
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Comparativo de Posições |
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Ponto |
Júnior Cardoso |
Polícia Militar (Capt. Gondim) |
Responsabilidade pela blitz |
Polícia Militar |
Detran-BA |
Natureza da operação |
Arbitrária e retaliatória |
Constitucional e técnica |
Acusação principal |
Envolvimento em crimes e “máfia do guincho” |
Generalização perigosa; instituição respeitável |
Pedido de ação |
Manifestação da Câmara e apoio às comunidades |
Retratação e nota oficial de repúdio |
Moradores e comerciantes de Mutuípe devem acompanhar sessões da Câmara e possíveis manifestações da PM-BA.