O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, segue nos Estados Unidos desde fevereiro, mas ainda não oficializou o pedido de licença junto à Câmara dos Deputados, apesar de ter anunciado publicamente seu afastamento do mandato na última terça-feira (18). A informação foi confirmada pelo deputado Zeca Dirceu (PT), que verificou a situação junto à Secretaria Geral da Mesa Diretora (SGM).
De acordo com Zeca Dirceu, Eduardo Bolsonaro havia comunicado oficialmente que estaria fora do território nacional até o dia 18 de março, cumprindo o artigo 228 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD). No entanto, o sistema interno da Casa não registra, até o momento, o pedido formal de afastamento do parlamentar.
Eduardo está nos EUA participando de encontros e palestras que abordam uma suposta perseguição política à direita no Brasil, especialmente por parte do Supremo Tribunal Federal (STF). Durante sua estadia, ele tem utilizado um visto de turista, que permite permanência de até 90 dias no país. A decisão de permanecer no exterior ocorre em meio a discussões sobre uma possível apreensão de seu passaporte pelo STF, embora o ministro Alexandre de Moraes tenha negado o pedido na última terça-feira.
A ausência prolongada de Eduardo Bolsonaro e a falta de formalização de sua licença geraram críticas e questionamentos sobre sua atuação parlamentar. Enquanto isso, aliados defendem que sua presença nos EUA fortalece a visibilidade internacional das pautas defendidas pelo bolsonarismo, especialmente em relação às acusações de perseguição política.
A situação de Eduardo reflete um momento delicado para a família Bolsonaro, que enfrenta investigações e acusações no Brasil. A repercussão de sua decisão de permanecer nos EUA continua a alimentar debates políticos e jurídicos, destacando as tensões entre o governo atual e a oposição liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.