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Ex-comandante da FAB confirma que general Freire Gomes alertou Bolsonaro sobre risco de prisão em caso de golpe

Depoimento de Baptista Júnior revela que militares alertaram o ex-presidente sobre consequências legais caso insistisse em plano golpista

Publicada em 21/05/2025 às 20:42h -


Ex-comandante da FAB confirma que general Freire Gomes alertou Bolsonaro sobre risco de prisão em caso de golpe
 (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)



O ex-comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, confirmou nesta quarta-feira (21), em depoimento à Justiça, que o então comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, alertou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de que poderia ser preso caso tentasse permanecer no poder após a derrota nas eleições de 2022.

“Confirmo, sim senhor. Acompanhei anteontem a repercussão do depoimento de Freire Gomes. Estava chegando de viagem. Freire Gomes é uma pessoa polida, educada, não falou com agressividade, ele não faria isso. Mas é isso que ele falou. Com muita tranquilidade, calma, mas colocou exatamente isso: ‘Se fizer isso, vou ter que te prender’”, declarou Baptista Júnior, em fala dirigida ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A declaração foi dada no âmbito da Ação Penal 2.668, que investiga a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O processo tem como réus Bolsonaro e outros sete ex-ministros e assessores, e conta com 82 testemunhas arroladas pela defesa e acusação.

Embora Freire Gomes tenha negado na última segunda-feira (19) que tenha ameaçado Bolsonaro diretamente de prisão, ele confirmou que alertou o então presidente sobre o risco de enquadramento legal caso levasse adiante medidas inconstitucionais. A conversa teria ocorrido em novembro de 2022, em uma reunião no Palácio da Alvorada, após a derrota eleitoral de Bolsonaro.

Além disso, Baptista Júnior afirmou que o então ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, apresentou uma minuta de decreto que previa impedir a posse de Lula. Segundo ele, o documento foi debatido entre altos membros do governo e das Forças Armadas.

Outro ponto de destaque no depoimento foi a revelação de que o então comandante da Marinha, almirante Almir Garnier, teria colocado tropas navais “à disposição” de Bolsonaro. A informação reforça a suspeita de que setores do alto comando militar foram sondados para apoiar medidas golpistas.

Apesar da gravidade dos relatos, Baptista Júnior destacou a postura institucional de Freire Gomes ao recusar qualquer apoio a iniciativas ilegais, comportamento que, segundo investigadores, foi determinante para impedir a consumação de um golpe.

A audiência ocorreu sob sigilo, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso no Supremo Tribunal Federal (STF), que proibiu gravações. No entanto, jornalistas foram autorizados a acompanhar os depoimentos presencialmente.

A confirmação de Baptista Júnior fortalece a linha investigativa da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal, que apuram o envolvimento de civis e militares na tentativa de ruptura democrática. A expectativa é de que as informações obtidas nas audiências contribuam para o avanço do processo e a responsabilização dos envolvidos.

Com a confirmação de Baptista Júnior, cresce o cerco jurídico e político em torno de Bolsonaro e seus aliados mais próximos. A expectativa é de que novos depoimentos e provas reforcem o núcleo das investigações e possam acelerar o andamento das ações no Supremo Tribunal Federal nos próximos meses.

Fonte: Agência Brasil




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