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Política

Eduardo Bolsonaro se antecipa a 2026 e tenta barrar Michelle e Tarcísio na disputa presidencial

Publicada em 01/06/2025 às 15:15h -


Eduardo Bolsonaro se antecipa a 2026 e tenta barrar Michelle e Tarcísio na disputa presidencial



O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) surpreendeu aliados e lideranças da direita ao sinalizar publicamente sua intenção de disputar a Presidência da República em 2026. A movimentação, feita com mais de um ano de antecedência da eleição, tem um alvo político claro: frear o avanço das pré-candidaturas de Michelle Bolsonaro e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas.

Segundo fontes próximas ao parlamentar, o gesto foi estratégico. Eduardo quer impedir que o capital político herdado do pai, Jair Bolsonaro - atualmente inelegível -, seja transferido para qualquer figura fora do núcleo familiar, especialmente Michelle e Tarcísio, que despontam como favoritos nas pesquisas internas do Partido Liberal (PL) para uma eventual disputa contra o presidente Lula.

A relação entre Eduardo e Tarcísio, que já era marcada por distanciamento, azedou de vez. O deputado avalia que o governador de São Paulo jamais lhe conferiu espaço ou prestígio político - nem com nomeações em seu governo, nem com gestos de aproximação. Recentemente, quando Tarcísio esteve nos Estados Unidos, onde Eduardo mantém forte base política e ideológica, o governador sequer procurou o filho do ex-presidente. O gesto foi interpretado como desdém.

Para aliados de Eduardo, Tarcísio representa uma candidatura "independente demais", que foge ao controle da família Bolsonaro e que pode, inclusive, se alinhar ao centro em uma eventual composição de governo. Esse risco é visto como inaceitável para o grupo mais fiel ao bolsonarismo raiz.

A tensão se estende também à relação com Michelle Bolsonaro. Apesar do vínculo familiar, Eduardo tem deixado claro nos bastidores que não apoia a candidatura da ex-primeira-dama ao Palácio do Planalto. Ele enxerga Michelle se movimentando de forma autônoma e consistente nos bastidores - especialmente com o respaldo de lideranças evangélicas e da base conservadora feminina - e teme que ela consolide seu nome como sucessora legítima do bolsonarismo.

Interlocutores de Eduardo relatam que ele vê em Michelle uma figura influenciável e sem experiência política, o que a tornaria alvo fácil de manobras de caciques partidários - em especial de Valdemar Costa Neto, presidente do PL. A leitura é que Valdemar prefere Michelle por considerá-la mais maleável do que os filhos de Bolsonaro, o que fortalece os rumores de que Eduardo cogita deixar o PL e se filiar ao PP.

A antecipação da pré-candidatura de Eduardo à Presidência revela também a disputa interna pelo futuro do bolsonarismo. Com Jair Bolsonaro fora do páreo por decisão judicial, a guerra pela liderança do movimento se intensificou. De um lado, Tarcísio representa a direita técnica, com viés moderado. De outro, Michelle surge como uma figura popular e simbólica, com apelo no eleitorado conservador e religioso. Eduardo, por sua vez, tenta se firmar como o guardião legítimo da linha ideológica original do pai.

A movimentação ocorre em um momento de indefinição no campo da direita, com partidos como PL, PP e Republicanos ainda negociando alianças, fusões e possíveis chapas para 2026. O gesto de Eduardo pressiona não apenas os adversários internos, mas também o próprio Valdemar Costa Neto, que terá de escolher entre acomodar os filhos de Bolsonaro ou abrir caminho para um novo nome que herde o espólio político do ex-presidente.

Enquanto isso, Michelle segue com agenda intensa de visitas a igrejas e eventos conservadores, e Tarcísio mantém sua gestão em São Paulo como vitrine de possíveis feitos nacionais. Já Eduardo Bolsonaro, em licença do mandato, tem usado redes sociais e bastidores partidários para costurar alianças e tentar consolidar sua candidatura como o único nome autorizado a representar o “bolsonarismo legítimo” em 2026.




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