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Prefeito João Campos assume presidência nacional do PSB e reforça aliança com o PT para 2026

Aos 31 anos, prefeito do Recife se torna o terceiro membro da família Campos a liderar a legenda e promete continuidade na coalizão com Lula

Publicada em 31/05/2025 às 22:23h -


Prefeito João Campos assume presidência nacional do PSB e reforça aliança com o PT para 2026
 (Foto: O prefeito de Recife, João Campos (PSB) / Edilson Rodrigues/Agência Senado)



O prefeito do Recife, João Campos, será oficialmente empossado como presidente nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) no próximo domingo, 1º de junho. A eleição do gestor de 31 anos representa não apenas a renovação geracional dentro da legenda, mas também a continuidade do protagonismo da tradicional família Campos no comando do partido. Antes dele, seu pai, Eduardo Campos, e o bisavô, Miguel Arraes, já haviam liderado o PSB, consolidando a influência do clã pernambucano na política nacional.

Com a posse de João, a família comandará o PSB por três dos cinco mandatos desde a redemocratização do Brasil - Miguel Arraes entre 1993 e 2005, Eduardo Campos de 2005 até sua morte em 2014, e agora João, que inicia sua gestão com o desafio de fortalecer o partido num contexto político fragmentado e estratégico para as eleições de 2026.

Um dos principais compromissos de João Campos à frente do PSB será o fortalecimento da aliança com o Partido dos Trabalhadores (PT). Durante a abertura da convenção nacional do PSB na última sexta-feira (30), em Brasília, Campos declarou que a legenda continuará sendo uma aliada fiel do governo Lula e que defenderá publicamente a manutenção de Geraldo Alckmin como vice na chapa presidencial de 2026.

“O PSB precisa continuar em movimento, presente nas ruas e fazendo o dever de casa. Nossa parceria com o presidente Lula é estratégica para o Brasil. A estabilidade política e a governabilidade devem ser preservadas, e isso passa pela manutenção da aliança entre PSB e PT”, afirmou João diante de dirigentes e militantes.

A fala de João reforça o alinhamento com a estratégia do Palácio do Planalto, que busca evitar rachas entre os partidos da base nos próximos pleitos estaduais e nacional. Alckmin, que foi indicado pelo PSB em 2022 e se filiou à legenda para compor a chapa de Lula, é visto como peça-chave na construção de uma imagem de centro-amplo e equilíbrio institucional.

Apesar do discurso de unidade, João Campos terá de administrar disputas internas por protagonismo em estados estratégicos. Em São Paulo, o ministro de Empreendedorismo e ex-governador Márcio França articula sua pré-candidatura ao governo estadual em 2026. O problema é que o PT também quer protagonismo no estado e deve lançar um nome próprio, o que pode provocar atritos na base.

No Rio de Janeiro, o ex-deputado federal Alessandro Molon é cotado para disputar uma vaga no Senado. Molon é nome natural do PSB, mas setores do PT reivindicam a mesma cadeira, e há pressões internas para que a candidatura petista prevaleça, já que o estado é um dos maiores colégios eleitorais do país.

Já em Pernambuco, reduto histórico da família Campos, o desafio de João é mais pessoal: reconquistar o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual, hoje comandado por Raquel Lyra (PSD). Em 2022, o PSB ficou fora do segundo turno pela primeira vez em mais de 16 anos, um revés que João pretende reverter em 2026. Para isso, ele deve liderar articulações para viabilizar uma candidatura competitiva - ainda indefinida  e reconstruir a hegemonia da legenda no estado.

A eleição de João Campos marca um novo ciclo para o PSB. Jovem, com sólida formação técnica e boa aprovação como prefeito do Recife, ele representa uma tentativa de rejuvenescimento da legenda sem abrir mão de sua herança histórica. A expectativa de aliados é que João imprima ao partido uma postura mais conectada com as demandas contemporâneas - como a pauta ambiental, os direitos sociais e a inovação - sem perder o vínculo com o campo progressista tradicional.

Para observadores políticos, a chegada de João ao comando do PSB reforça a intenção de reposicionar o partido como uma força relevante no centro-esquerda nacional. A aposta é que, com uma liderança jovem e articulada, o PSB consiga ampliar sua bancada no Congresso e reconquistar governos estaduais, mantendo-se como um aliado estratégico do lulismo em 2026.

Enquanto os desafios se avolumam, João Campos inicia sua gestão com apoio interno consolidado e respaldo do presidente Lula, que vê na nova liderança uma ponte entre gerações e entre correntes políticas distintas da coalizão governista. O teste, no entanto, virá com as articulações pré-eleitorais e, principalmente, com o desempenho nas urnas em 2026.




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