O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a dianteira nas intenções de voto para as eleições presidenciais de 2026, de acordo com levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta segunda-feira (27). O estudo mostra o petista à frente em todos os cenários simulados de primeiro turno, embora o desempenho em eventuais disputas de segundo turno indique empate técnico com alguns de seus principais adversários.

O instituto entrevistou 2.020 eleitores em 162 municípios de todas as regiões do país, entre os dias 21 e 24 de outubro, com margem de erro de 2,2 pontos percentuais e nível de confiança de 95%. O levantamento buscou aferir o cenário eleitoral a um ano do início oficial das campanhas e analisou quatro diferentes configurações de candidatos.

Lula lidera todos os cenários de primeiro turno

Em todas as simulações, o percentual de Lula oscila entre 37% e 37,6%, consolidando sua posição como o nome mais competitivo até o momento.

No primeiro cenário, que inclui o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula aparece com 37% das intenções de voto, contra 31% de Bolsonaro. Ciro Gomes (PSDB) surge com 7,5%, seguido por Ratinho Júnior (PSD) com 6%, Romeu Zema (Novo) com 4,7% e Ronaldo Caiado (União Brasil) com 3,2%.
Os eleitores indecisos ou que declararam voto branco/nulo somam pouco mais de 10%.

Quando Bolsonaro é substituído pela ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Lula mantém o mesmo patamar, com 37,3%, enquanto Michelle atinge 28%. Ratinho Júnior sobe para 8,5%, Ciro Gomes fica com 8,2%, Caiado registra 4,2% e Zema, 2%.

No cenário com o governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), o presidente amplia sua vantagem: 37,4% a 22,3%. Ciro Gomes aparece com 9%, Ratinho Júnior com 8,1%, Zema com 5,7% e Caiado com 4,1%.

Já na disputa com o senador Flávio Bolsonaro (PL), Lula alcança 37,6%, enquanto o parlamentar marca 19,2%. Ratinho Júnior obtém seu melhor desempenho (9,6%), seguido por Ciro Gomes (8,9%), Zema (6,2%) e Caiado (4,8%).

Segundo turno mostra equilíbrio e disputa acirrada

Nas projeções de segundo turno, o cenário é mais competitivo. Lula venceria Jair Bolsonaro por 44,9% a 41,6%, diferença dentro da margem de erro.
Contra Michelle Bolsonaro, o resultado é praticamente o mesmo: 44,7% a 41,6%.
Em eventual disputa com Tarcísio de Freitas, o petista teria 44,9%, ante 40,9% do governador paulista.

A vantagem mais confortável aparece contra Flávio Bolsonaro, com 46,7% para Lula e 37% para o senador.

Considerando a margem de erro, há empate técnico nos confrontos com Jair Bolsonaro, Michelle e Tarcísio, já que a diferença entre os candidatos é inferior a 4,4 pontos percentuais — o dobro da margem estabelecida pelo instituto.

Análise: estabilidade e desafios

A pesquisa confirma a manutenção da força eleitoral de Lula, especialmente no Nordeste e entre os eleitores de baixa renda, mas também expõe a resiliência do bolsonarismo como principal força de oposição.
Os números reforçam que, mesmo após dois anos de governo, o presidente conserva um eleitorado fiel, enquanto o campo conservador ainda busca uma candidatura capaz de unificar a direita.

O levantamento é o primeiro a testar de forma ampla o impacto de novos nomes, como Ratinho Júnior e Tarcísio, que despontam como potenciais alternativas a Bolsonaro no bloco oposicionista.

 Redação: Rádio Vida, com informações do Bahia Notícias