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Governo Lula reage a críticas de Cláudio Castro e apresenta balanço de ações contra o crime no Rio de Janeiro

Publicada em 28/10/2025 às 20:56h -


Governo Lula reage a críticas de Cláudio Castro e apresenta balanço de ações contra o crime no Rio de Janeiro
 (Foto: Reprodução)



Após as declarações do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), de que o governo federal não tem tratado a segurança pública como prioridade, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, divulgou uma extensa nota rebatendo as críticas e listando ações realizadas pela União em apoio ao estado.

Durante entrevista, Castro afirmou que o Rio “está sozinho nessa guerra” contra o crime organizado, classificando a atual crise de segurança como um problema de defesa nacional. Segundo ele, o volume de armas e drogas que entram no país “extrapola a responsabilidade estadual” e deveria envolver as Forças Armadas. O governador ainda acusou o governo federal de não autorizar uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), alegando que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não trata a segurança pública como prioridade”.

“Já entendemos haver uma política de não ceder. Disseram que precisa de uma GLO. Depois, disseram que poderiam emprestar veículos blindados, mas voltaram atrás, porque os operadores são federais e o presidente é contra a GLO. Entendemos a realidade e não vamos ficar chorando pelos cantos”, afirmou Castro.

Em resposta, Lewandowski apresentou números e operações que, segundo ele, demonstram o empenho do governo federal no enfrentamento ao tráfico e às facções criminosas no Rio.

Na nota, o Ministério da Justiça destacou que mantém presença constante no Rio de Janeiro desde outubro de 2023, com a Força Nacional de Segurança Pública atuando em cooperação com órgãos estaduais. A portaria que regulamenta essa atuação, de nº 766, foi renovada até dezembro de 2025, e todas as 11 solicitações de renovação feitas pelo governo do Rio foram atendidas.

A nota também traz um amplo balanço das ações da Polícia Federal no estado. Entre janeiro e outubro de 2025, foram 178 operações, sendo 24 diretamente voltadas ao tráfico de drogas e armas. No período, 210 pessoas foram presas, com destaque para 60 detidos ligados ao tráfico internacional, além da apreensão de 10 toneladas de drogas e 190 armas de fogo, incluindo 17 fuzis.

Operações como a Forja, que desarticulou uma fábrica clandestina capaz de produzir 3,5 mil fuzis por ano, e as Buzz Bomb e Libertatis, que prenderam operadores de drones das principais facções, foram citadas como exemplos de ações de alto impacto.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) também foi destacada: entre 2023 e 2025, recuperou 3.082 veículos roubados, apreendeu 13.961 munições, 72 fuzis, 3,9 toneladas de cocaína e 73.990 unidades de drogas sintéticas, além de 8.250 prisões.

O Ministério ainda informou que o Rio de Janeiro recebeu mais de R$ 99 milhões do Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN) entre 2016 e 2024 - valor que, com rendimentos, ultrapassou R$ 143 milhões. Segundo a pasta, apenas R$ 39 milhões foram efetivamente aplicados pelo estado, restando R$ 104 milhões ainda disponíveis.

Além dos repasses, o governo federal doou R$ 10 milhões em equipamentos - como veículos, drones, coletes e munições - e estabeleceu parcerias em programas de inteligência, como a Renorcrim (Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento das Organizações Criminosas) e a Recupera, que atua na identificação e bloqueio de bens de facções.

Outra frente de cooperação é o Comitê de Inteligência Financeira e Recuperação de Ativos (CIFRA), responsável por rastrear e descapitalizar organizações criminosas. Até setembro de 2025, o grupo havia analisado 59 relatórios de inteligência financeira do COAF, envolvendo R$ 65 bilhões em operações suspeitas.

Lewandowski também lembrou que, em fevereiro deste ano, Castro esteve pessoalmente no Ministério da Justiça, ocasião em que o governo federal ofereceu dez vagas em presídios federais para isolar lideranças do crime organizado.

“A missão é a cooperação total entre União e o Rio de Janeiro. Estamos empenhados em combater o crime de forma integrada e federativa”, afirmou o ministro.

A resposta do governo federal ocorre em meio à repercussão da megaoperação contra o Comando Vermelho, que deixou mais de 60 mortos e 81 presos, sendo considerada a mais letal da história do Rio.

Em meio à crise, o Planalto tenta conter o desgaste político e reafirmar seu papel de parceiro do estado. “O Ministério da Justiça e Segurança Pública reafirma seu compromisso com o Rio de Janeiro, promovendo ações integradas e contínuas para reduzir a criminalidade e fortalecer a sensação de segurança da população”, conclui a nota.

Redação: Rádio Vida | Com informações da Revista Veja




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